Julia Rezende: “Há uma indignação que uma história real provoca”

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“Todo Dia a Mesma Noite”, minissérie da Netflix que fala sobre o trágico incêndio da boate Kiss, foi um sucesso estrondoso, a produção brasileira da plataforma de streaming com melhor desempenho de audiência até hoje. Para a diretora Julia Rezende, o caráter trágico da história e a indignação de quem passa a conhecer seus detalhes explica o fenômeno de audiência. “As pessoas sofreram quando a tragédia aconteceu há dez anos, mas todo mundo esqueceu ou não acompanhou as repercussões e os desdobramentos. Agora, com a série, veio à tona tudo o que aconteceu, os conflitos, as injustiças. Há uma indignação que uma história real provoca, as pessoas falam não ‘é possível que isso tudo aconteceu’”, afirma.
Todo Dia a Mesma Noite foi baseado no livro homônimo de Daniela Arbex e lançado em janeiro. Em 5 dias de exibição, a minissérie de XX capítulos já tinha um bilhão de referências no Tik Tok. Foram os adolescentes que mais comentaram a produção. “Descobri pela minha analista que muitos diziam que era a primeira vez que souberam que jovens podiam morrer”, afirma. “Cada um dos 242 jovens que morreram nesse incêndio tinham uma família, seus amigos, seus sonhos e você se envolve e se apaixona por eles — e aí aquilo tudo é tirado. Esse impacto desse casamento do true crime e da ficção talvez não tenha comparação talvez não tenha comparação com outros gêneros”, afirma.
Rezende tem no currículo produções como as comédias “Meu Passado me Condena” e “Depois a Louca Sou Eu”. Agora, ela se prepara para filmar a vida de Ayrton Senna.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima Edição de som: Pedro Pastoriz

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