Expansão, economia e guerra: a complexa pauta da cúpula do Brics

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Representantes dos países do Brics — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — começam hoje a reunião anual do grupo em Joanesburgo, na África do Sul. O encontro é o primeiro de forma presencial desde 2019, e promete levantar questões cruciais.

A China, maior economia dos Brics, quer expandir e fortalecer o grupo e criar uma espécie de concorrente do G7, formado por sete das maiores potências do planeta. Mas há impasses, como sobre a inclusão de novos membros. O Brasil questiona o modelo de ampliação, além dos critérios que serão aplicados, como, por exemplo, uma eventual adesão desses candidatos ao Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido popularmente como Banco dos Brics, hoje comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

A reunião também será marcada pela ausência do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Ele é alvo de uma ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), e poderia ser detido caso viajasse à África do Sul. Putin será representado pelo veterano chanceler Sergei Lavrov, e a expectativa é de que, repetindo um enredo visto em 2022, a invasão russa da Ucrânia seja mencionada brevemente no comunicado final.

O Ao Ponto discute a reunião dos Brics, e como os membros de um grupo tão diverso poderão encontrar consensos sobre temas estratégicos, como a economia global e a guerra na Ucrânia. Quem conversa com a gente é o Maurício Santoro, cientista político e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha — para ele, essa é a mais importante reunião do bloco até hoje, e que deve pautar os passos para seu futuro. Santoro também fala sobre os planos do Brasil para retomar os laços com a África: além da África do Sul, Lula também irá a Angola e a São Tomé e Príncipe.

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