#409 Violência política e o voto amedrontado nas #Eleições2022 | Os cenários nas disputas estaduais no RS e no PR

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QUINTA, 15/09/2022: O ataque de um deputado bolsonarista contra a jornalista Vera Magalhães é apenas mais um dos muitos casos de violência política registrados na campanha eleitoral deste ano. Ameaças, agressões e até assassinatos ocorreram nas últimas semanas, colocam o medo no centro do debate e pressionam o bolsonarismo contra a parede.O estímulo ao uso da violência pelos bolsonaristas parte diretamente do presidente e dos principais influenciadores do lado de lá. É o que pode ser observado nesse caso da Vera Magalhães. Ela virou alvo preferencial após o "apito de cachorro" do presidente no debate da Band. Brasil afora, os casos que podem ter relação com violência política se multiplicam. Esta semana deve ser ouvido o carcereiro bolsonarista que matou um petista por motivo político na festa de aniversário de 50 anos dele com tema de Lula e do PT em Foz do Iguaçu. No Mato Grosso, o assassinato com requintes de crueldade do apoiador de Lula Benedito dos Santos continua sendo investigado e fez com que a campanha do ex-presidente pedisse à Justiça Eleitoral mais ações contra a violência.Em Goiânia, um policial militar atirou na perna de um amigo dentro da igreja porque ele ficou revoltado com o discurso do pastor, que pregava aos fiéis para não votar "em vermelhos", em referência aos partidos de esquerda. Em São Gonçalo, um bolsonarista levou um soco de um apoiador de Lula após provocar uma confusão na porta de um comício do ex-presidente.Na semana passada, um vendedor ambulante eleitor de Lula disse à BBC Brasil que escondeu as toalhas do Lula para vender só as de Bolsonaro durante as manifestações em Brasília. "As toalhas do Lula eu deixei escondidas, né? Senão ia dar briga, aqui", disse ele.Levantamento feito pelo Observatório da Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro mostra que, ao longo da primeira metade de 2022, a violência política deixou 40 mortos no país. O levantamento também aponta para 89 ameaças a lideranças políticas, 42 agressões, 27 atentados, 11 homicídios de familiares, dois sequestros, dois sequestros de familiares e um atentado contra familiares. Como o monitoramento começou em 2020, não é possível comparar com o mesmo período do último ano com eleições federais, 2018.Por causa desses episódios de grande repercussão, muita gente prefere esconder suas preferências políticas. Os institutos de pesquisa têm falado no tal "voto envergonhado". Na verdade, trata-se de um "voto amedrontado", pois no caso de apoiadores de Lula, muita gente está evitando adesivar seus carros ou andar na rua usando vermelho por medo da violência bolsonarista.ELEIÇÕES NO RS E NO PR No segundo tempo do #PrimeiroCafe, vamos falar sobre os cenários das disputas estaduais no Rio Grande do Sul, com o jornalista Luis Eduardo Gomes do Sul 21, e no Paraná, com o jornalista Rogério Galindo do Plural. SAIBA MAIS: https://primeiro.cafe/APOIE: https://apoia.se/primeirocafe

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