A disputa pela nova indicação de Lula ao STF e quem são hoje os favoritos

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Ao contrário da relativa certeza que envolveu a indicação de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF), a sucessão da vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta no mês que vem, está incerta. Nomes de vários setores, incluindo juristas, advogados, ministros e políticos estão sobre a mesa de Lula há meses, mas até agora o presidente não dá sinais sobre sua escolha. Mas, nos bastidores, dois nomes surgem como favoritos nessa reta final da decisão.

Os nomes mais cotados são Jorge Messias, advogado-geral da União (AGU), e Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). Os dois homens, brancos, têm se empenhado para mostrar proximidade com o presidente Lula, além de alinhamento às tais pautas progressistas, e contam com diferentes torcidas no entorno do presidente da República.

No PT, o advogado da AGU é o nome que tem ganhado cada vez mais força pelas estreitas ligações com o partido. De perfil discreto e evangélico, Messias construiu uma relação pessoal com a ex-presidente Dilma Rousseff, é fiel a Lula e tem a confiança do petista. Já Bruno Dantas capitaliza um apoio amplo no Congresso e no meio político — apesar de não ter tanta proximidade com o PT, tem como padrinho o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Em abril, durante a posse do Conselho de Participação Social, foi elogiado por Lula e chamado de “companheiro Bruno Dantas”.

Correm ainda por fora os nomes de Flávio Dino, Benedito Gonçalves, Simone Schreiber, Regina Helena Costa e Rodrigo Pacheco, e apesar do favoritismo de Dantas e Messias, não se pode descartar esses concorrentes logo de cara, afinal, os ventos em Brasília são conhecidos por mudanças bruscas e inesperadas.

O Ao Ponto de hoje fala da expectativa com a vaga da ministra Rosa Weber e a disputa pela preferência de Lula para a Casa. Quem conversa com a gente, direto de Brasília, são as repórteres Mariana Muniz e Jeniffer Gularte, da sucursal do Globo da capital federal.

As duas também comentam a repercussão no governo e no STF das decisões recentes do primeiro indicado por Lula neste terceiro mandato, Cristiano Zanin, seu advogado no processo da Operação Lava-Jato. Seus votos em temas como a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, quando foi contra a tese da liberação, mesmo que parcial, foram alvo de críticas em setores progressistas e aliados de Lula.

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