O CASO IRENE GARZA

Os sábados a noite tinham uma importância enorme para ela. Sábados eram os dias de ir até a igreja para se confessar. Mas aquele sábado, 16 de abril de 1960 era especial, afinal de contas, o dia seguinte era o domingo de Páscoa.
Como acontecia todos os sábados, ela pediu o carro da família emprestado e por volta das seis e meia da tarde, percorreu os doze quarteirões ate a igreja do Sagrado Coração.
Como acontecia todos os sábados, assim que ela entrou na Igreja foi possível ouvir um suspiro mais profundo de algum jovem de sua idade.
Como acontecia todos os sábados, a beleza dela não passou desapercebida por quem estava presente na igreja quando ela se ajoelhou em um banco da quinta fila e colocou o seu véu para rezar.
Mas como nunca havia acontecido antes, Naquele sábado ela não retornou para casa.